Cine e Foto

FLASH FRATA 161-S

Empresa: Frata
Ano: Década de 60

Frata
No fundo de sua fábrica de cintos e carteiras junto com Horst Franieck, jovem projetista alemão projetam a primeira bateria para flashes eletrônicos, nascendo assim a Frata. O sonho era fabricar o primeiro flash eletrônico brasileiro, mas em um país ainda com a indústria rudimentar e cheio de limites para importação.

O que fazer? Em 1963 conhece o técnico em vidros Dieter Stohrer e juntos trabalham para desenvolver a lâmpada de xenônio para flashes fotográficos. Manoel entra em contato com a Walter Jakob Vakuumtecknik da Alemanha, onde adquirem o know how de fabricação das lâmpadas. O passo seguinte foi desenvolver os transformadores de ignição para o disparo da lâmpada de xenônio. Em 1964 é lançado o primeiro flash fotográfico totalmente nacional: o Frata 1.

Frash
Nos primeiros flash eram utilizadas lâmpadas similares às incandescentes de hoje, com a diferença que seu filamento era bem fino e muito longo que ao receber uma descarga elétrica se queimava. Ou seja, para cada foto era utilizada uma lâmpada. Observe em filmes anteriores a 1950 em que fotógrafos após a foto retiravam a lâmpada (normalmente de baioneta) para colocar uma nova providenciada em seu bolso do paletó — cena comum dos fotógrafos de jornais!
O flash eletrônico surgiu por volta de 1949. Tinha o tamanho de uma mala, pesava quase 8 quilogramas e utilizava 5.000 volts de energia, por isso eram usados com cautela. Num período de mais ou menos 10 anos do seu surgimento usaram bobinas de ignição, acumuladores (baterias) para motocicletas e válvulas eletrônicas (tubos).
Neste período conseguiram produzir tubos que funcionavam com 300 ou 500 volts. Início dos anos 50, começaram a aparecer tubos (lâmpadas) em “U” ou circulares o que melhorou muito a eficiência. Em 1950 surgiu o “Sevoblitz” o primeiro flash com o refletor incluído. Ao surgirem as baterias de níquel-cádmio começaram a fabricar os primeiros “flash de bolso”, o que reduziu em muito as dimensões, aliado ao aperfeiçoamento dos refletores.
Os flash se tornaram tão populares que as próprias câmeras, principalmente as amadoras, já os tem incorporados, alimentados por uma ou duas pilhas AA ou AAA, comuns, alcalinas ou recarregáveis.
Mais recentemente, com o surgimento ao consumo das câmeras digitais (segunda metade da década de 1990), os flash sempre estão incorporados. Nas câmeras profissionais é opção os flash TTLs, inteligentes que “conversam” com a câmera ajustando seus disparos de acordo com os dados de abertura, velocidade, ISO, distância e outros. Tudo isso a velocidade de processamento de um chips. Chegam a disparar mais de uma vez em uma única foto, primeiro para calcular a luminosidade, um possível segundo disparo (quando programado) para evitar o “olho vermelho” (quando a pupila do fotografado se “ajusta” a luminosidade) e o segundo ou terceiro disparo para iluminar a cena com vistas a imagem pretendida. Mesmo pequenos flash TTLs, possuem um “poder” de iluminação de 15 ou mais metros, enquanto os flash incorporados raramente ultrapassam a iluminação de 4 metros.
Comum também, em uso profissional, são as “tochas”, são flash mais fortes isolados da câmera e disparados por sinais de rádios ou fotocélulas (hoje quase não usadas). É comum também em eventos, como casamentos, e onde é exigido mais iluminação, os profissionais utilizarem de dois ou mais flash, conduzidos por auxiliares (pessoas) e disparados simultaneamente pelo rádio que é incorporado na câmera e envia o sinal para esses flashes.

Características do produto
O FRATA 161S possui embaixo de seu refletor um botão que, acionado para frente, proporciona um foco de luz de 90º, para iluminar áreas fotografadas com objetivas grandes angulares. Movendo- se o botão para trás, cobre-se uma área de 60º para uso com objetivas normais e meia teleobjetivas.
O Conjunto do refletor possui uma tomada para o cabo de sincronismo. Conecte a parte com lâminas nesta extremidade, e a outra na tomada de sincronismo de sua câmara.
Especificações:

No ajuste das aberturas do diafragma de sua câmera, o flash FRATA 161S possui atrás do seu refletor uma tabela de Nº Guia. Verifique a sensibilidade do filme, a potência do flash (meia carga ou carga total) e coluna de angulação, qual o Nº GUIA.
Dividindo-se o Nº GUIA pela distância, obtém-se a abertura correta.
Ex.: Filme ISSO 100
Potência Total
Angulação 60º
Distância: 6 metros
Abertura: f.8

Os acumuladores têm uma capacidade limitada de energia havendo, portanto, a necessidade de aproveitá-la ao máximo. Os flashes comuns precisam ser desligados entre uma fotografia e outra, a fim de poupar o consumo de energia dos acumuladores.
O FRATA 161S foi desenvolvido para acabar com essa dificuldade. Ele possui um sistema automático, que desliga os acumuladores do circuito eletrônico, toda vez que se completa a carga dos capacitores eletrolíticos. O flash religa-se em intervalos, para que sempre tenha carga total e constante em seu flash.

É dotado com sistema eletrônico de proteção de bateria selada.
Quando sua carga está próxima de se esgotar totalmente ele se autodesliga.
Dessa maneira a bateria estará sendo poupada.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Flash_(fotografia)
https://www.google.com.br/search?q=FLASH+FRATA+161+s&hl=pt-BR&biw=1920&bih=805&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjP3bfKt_rLAhUFDJAKHSkdDL4Q_AUIBigB#imgrc=KYcUQ9ABh-trLM%3A
http://www.frata.com.br/frata/25-frata/empresa/119