O pós abolição no Brasil: uma análise e debate através do conto “A gente combinamos de não morrer”, de Conceição Evaristo

Plano de aula disponibilizado pelo Portal do Bicentenário de autoria das Professoras Brenda de Freitas de Figueiredo, Cassiane Teixeira Cristovão Gomes, Clara Thaís Pereira de Andrade, Geivania Cristina da Silva e Julia Teixeira da Silva, para alunos do 1o. ano do Ensino Médio na área de História. Os objetivos são explicar aos alunos e alunas quem é a escritora Conceição Evaristo e o que ela discute, brevemente, em suas principais obras, além do conto discutido em aula; contextualizar o tema central do conto que é a questão do genocídio das populações negras pelas mãos do Estado brasileiro com o período do pós-abolição; fazer com que os alunos compreendam o que é o fenômeno do racismo, explicitando conceitos chaves como a ideia de raça e democracia racial; analisar mudanças e permanências ao longo dos processos históricos, conectando os alunos com os conceitos de transformação e permanência, já que o racismo não é algo do passado, e sim que permanece na nossa atual sociedade; permitir que o aluno entenda a importância dos locais de fala e de escuta, refletindo sobre as vivências das populações negras periféricas; estimular o debate acerca da importância de se denunciar ataques e situações racistas; problematizar uma história não contada do racismo e da luta anti racista, associandoa com a produção literária de Conceição Evaristo; entender as dinâmicas políticas, sociais e econômicas envolvidas no processo do racismo: a manutenção de privilégios, lutas de interesses e aumento das desigualdades sociais, está relacionada desde o Brasil Colônia, com a escravidão. Sugere trabalhos com base da problematização da falta de inserção dos ex-escravizados e seus descendentes no mercado de trabalho brasileiro ressaltando que as leis trabalhistas só vão ser oficializadas nos anos 1930 com o governo Getúlio Vargas; urbanização e modernização do Rio de Janeiro e a demolição dos cortiços na área do centro da cidade; movimentos de resistência negra como a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata, ambas no Rio de Janeiro; pensamento sociológico de Gilberto Freyre na obra “Casa Grande e Senzala” de 1933 ao trazer o tema da democracia racial. conceito que seria fundamental para a construção de uma nova identidade nacional apoiada por Getúlio Vargas que entendia as desigualdades raciais como mito; a oposição à democracia racial de Freyre com o pensamento sociológico de Florestan Fernandes. 

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