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CARTUCHO ATARI DACTAR

Empresa: Sayfi Eletrônica (Milmar)
Ano: 1983

Milmar Indústria e Comércio LTDA
Milmar Indústria e Comércio Ltda foi uma empresa brasileira, conhecida por seus clones de equipamentos 8 bits. Sua atividade só pode ser descrita como diversificada, tendo fabricado e / ou distribuídos produtos tão diversos como consoles de jogos, computadores, clones de Scalextric, pimballs, faxes, iates e jet skis.
Inicialmente chamado Sayfi Eletrônica e sob esse nome lançou um dos primeiros clone brasileiro do Atari 2600 . Término das atividades são desconhecidas, mas seu domínio web foi gerido pela empresa, pelo menos, a partir da 9 março de 2001 para o 29 de novembro de 2002 (o restante caiu nos dois anos seguintes até 2005 ser reativado, atualmente redirecionada para um portal anime), por isso é provável que cessassem as operações no fim de 2002.
Sua sede social estava em São Paulo , enquanto a sua produção foi localizada em Manaus , para se qualificar para os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus.

Dactar
1983 foi o ano do início da “febre” dos videogames aqui no Brasil. As empresas começavam a se mexer para começar a fabricação dos aparelhos. A primeira grande indústria a anunciar e colocar a venda o seu aparelho foi a Philips, com o videogame Odyssey, em Maio de 1983. Uma coisa que poucos sabem é que o primeiro videogame com o hardware compatível com o Atari lançado foi o Top Game, da Bit Eletrônica, em 1981 ainda. Podemos considerá-lo como o primeiro videogame de fabricação nacional. Porém, talvez temendo problemas legais, a Bit Eletrônica mudou o tipo de conector do cartucho. Evidentemente isso não deu muito certo porque impedia de usar os cartuchos do Atari diretamente. Depois a Bit lançou um adaptador para colocar cartuchos Atari “normais” mas ai já era tarde.
Então, o primeiro console realmente compatível com o Atari lançado no mercado foi o Dactari, fabricado por uma empresa chamada Sayfi Eletrônica. A Sayfi lançou o “TV Computer System 2600-A” em maio de 1983, com baixa produção inicial. A intenção era aproveitar o “vazio” de mercado, pois outros consoles compatíveis com o Atari seriam lançados somente no segundo semestre de 1983. Com um design praticamente copiado do Atari 2600 original, a Sayfi se deu bem. Os primeiros lotes foram comercializados exclusivamente pelas lojas Computerland. Posteriormente a Sayfi mudou de nome, e provavelmente de dono, e se tornou a Milmar Eletrônica. E a Milmar lançou depois o Dactar (sem o “i” no final) com design um pouco modificado, mas não muito diferente do Atari original; o Dactar II, igual ao Dactar mas com o painel metálico; e o famoso Dactar Maleta, também conhecido como Dactar 007. Este foi uma idéia bem interessante: fazer um Atari embutido numa maleta. Talvez a idéia tenha surgido das maletas que se comercializavam na época: maletas de madeira ou couro para colocação do console, controles e cartuchos. A Milmar resolver embutir o circuito do Atari direto numa mala ! Sem dúvida, foi uma idéia única.
Mas a Sayfi não ficaria sozinha por muito tempo. A Dynacom, então na época uma pequena empresa e uma das pioneiras na fabricação de cartuchos nacionais, anunciou o lançamento do seu console compatível com o Atari: o Dynavision. Este tinha um design totalmente original e diferente, era bem robusto e tinha características atraentes: entrada dos controles pela frente do console, botões e controles vistosos e um circuito melhorado que “silenciava” a TV quando o videogame era desligado para a troca de cartuchos, evitando o incômodo chiado. E também acompanhava o console o famoso controle Dynastick. Era um controle resistente, anatômico, com botão de tiro duplo e com ventosas para fixação. Embora alguns “torcessem o nariz” para o controle, ele era de fato de ótima qualidade. A Dynacom mostrou um protótipo do Dynavision na UD de 1983. Aqui um parênteses: saibam que a UD (abreviação de Utilidades Domésticas, era uma espécie de mostra de equipamentos eletro-eletrônicos) naquela época não era igual agora. Naquela época a UD era apenas uma feira de “demonstração”, mostravam-se os produtos que seriam lançados, e não se vendia nada. Por isso, as diversas empresas mostravam os videogames – geralmente protótipos – mas nenhum era vendido na UD.

Atari 2600
Atari 2600 é um videogame projetado por Jay Miner e lançado em 11 de setembro de 1977 nos Estados Unidos e em 1983 no Brasil. Considerado um símbolo cultural dos anos 80, foi um fenômeno de vendas no Brasil entre os anos de 1984 a 1986 e seus jogos permanecem na memória de muitos que viveram a juventude nesta época.
O preço inicial foi de 199 dólares e tinha 9 títulos.
Na tentativa de competir diretamente com o Fairchild Channel F, a Atari chamou a máquina de ‘Video Computer System’ (ou VCS abreviando), pois o Channel F era nessa época conhecido como o VES, de Video Entertainment System.
O 2600 também foi apelidado SVA de Sears Video Arcade e vendido pelas lojas Sears-Roebuck.
Quando Fairchild ficou sabendo do nome dado pela Atari, eles rapidamente mudaram o nome de seu sistema para Channel F, porém, os dois sistemas estavam no meio de várias reduções de preços: os clones de PONG estavam obsoletos por essas máquinas mais novas e poderosas. Logo, muitas dessas companhias de clones estavam fora do mercado, e tanto a Fairchild como a Atari estavam vendendo para um público saturado de jogos Pong.
Em 1977, a Atari vendeu apenas 250 000 VCSs. Em 1978, apenas 55 000 de uma produção de 800 000 foram vendidos, e foi preciso ajuda financeira da Warner para cobrir prejuízos. Isso causou discordâncias e causou a saída do fundador da Atari, Nolan Bushnell, em 1978.
Uma vez que o público descobriu que era possível jogar jogos diferentes de Pong e os programadores aprenderam a alcançar os limites do hardware, o 2600 ganhou popularidade.
Nesse ponto, Fairchild tinha desistido do mercado, achando que videogame era um mercado de moda passageira. Dessa forma, a Atari pôde ocupar mais facilmente o então crescente mercado. Em 1979, o 2600 foi o presente de natal mais vendido, principalmente por seus jogos exclusivos. Milhões de consoles foram vendido esse ano.
A Atari licenciou o grande sucesso de arcade Space Invaders da Taito, o qual aumentou ainda mais a popularidade do console quando foi lançado, em maio de 1980, dobrando as vendas novamente para mais de 2 milhões de unidades vendidas.
O 2600 e seus cartuchos foram o maior fator por trás do gigantesco lucro da Atari, de mais de 2 bilhões de dólares em 1980.
As vendas dobraram novamente pelos dois anos seguintes, com venda de quase 8 milhões de unidades em 1982.
Nesse período, a Atari expandiu a família 2600 com outros dois consoles compatíveis. Eles construíram o Atari 2700, uma versão sem fio do console, que nunca foi lançado por causa de uma falha de design.
A companhia também construiu uma versão menor e arredondada da máquina, apelidada de Atari 2800, para vender no mercado japonês no início de 1983, mas esse sofreu com a competição do recém lançado NintendoFamicom.
No Brasil, o lançamento do Atari 2600 ocorreu em setembro de 1983, fabricado pela Polyvox. O primeiro lote enviado às lojas era composto de 30 mil unidades, com um preço sugerido entre 180 e 200 mil cruzeiros.
Popularidade
Apesar de não estar descontinuado formalmente, o 2600 não foi produzido por dois anos depois da venda da Atari em 1984 pela Warner para Jack Tramiel (fundador da Commodore), que queria se concentrar em computadores pessoais.
Ele congelou todo o desenvolvimento de jogos de console, incluindo o jogo Garfield para o Atari 2600 e o port Super Pac-Man para o Atari 5200. Em 1986, uma nova versão do 2600 foi lançada. A nova versão redesenhada do 2600, chamada não oficialmente de 2600 Jr., apresentava uma forma reduzida e mais barata, com uma cara mais moderna muito parecida com o Atari 7800.
O 2600 redesenhado foi vendido como sendo uma plataforma de jogos mais barata (abaixo de 50 dólares) que tinha a possibilidade de rodar uma vasta biblioteca de jogos clássicos. Com sua reaparição veio o ressurgimento de desenvolvimento de software da Atari e de algumas empresas terceiras (notavelmente a Activision, Absolute Entertainment, Froggo, Epyx, e Exus).
O Atari 2600 continuou a ser vendido nos EUA e Europa até 1990, e na Ásia até o começo de da década de 1990. A última versão licenciada do 2600 a ser lançada foi o KLAX em 1990. O console também foi muito popular no Brasil. Até 1983, quando foi oficialmente lançado no Brasil, pela Polyvox em parceria com a Atari, a plataforma tinha de ser importada, mas o sistema de TV NTSC era incompatível com o sistema de TV brasileiro PAL-M e assim, precisavam de uma conversão, que muitas vezes alterava as cores originais dos jogos, de modo que os Atari 2600 comercializados no Brasil, tiveram várias revisões. As primeiras sofriam de um superaquecimento do regulador de tensão da placa principal, fazendo o videogame travar, gerando a lenda de que o cartucho tinha de ficar frio e assim, muitos deles tiveram seus rótulos furados, para a tristeza dos colecionadores. Muitos clones da plataforma foram fabricados no Brasil por marcas como Dactar, Dismac, Microdigital, CCE e Dynacom, que, além da plataforma, também faziam acessórios e comercializavam os jogos, muitas vezes adulterando-os para que aparecessem sua marca ao invés da marca original, ou que a suprimisse, criando uma indústria paralela de cartuchos piratas, hoje bastante procurados por colecionadores estrangeiros.
Através de sua vida, foi estimada a produção de 40 milhões de unidades e sua lista de jogos é de mais de 900 títulos comerciais até 1991, sem contar muitos “homebrew games”, desenvolvidos por programadores independentes.
O Atari 2600 foi oficialmente aposentado no dia 1º de janeiro de 1992, tornando-se o videogame de maior vida na história de jogos dos EUA. Ele teve uma vida útil de 14 anos e 2 meses – aproximadamente três vezes mais que a vida ‘normal’ de um console.
Muitos programadores ainda fazem jogos novos para o Atari 2600, utilizando-se inclusive de ferramentas modernas de programação como o Visual Batari Basic, enquanto outros optam por explorar suas habilidades em Linguagem de Máquina (“Assembly 6502”) utilizando o hardware do Atari 2600 como referência devido ao desafio de se programar algo significativo numa plataforma limitada e sem BIOS, ou seja, todas as rotinas do programa, incluindo entradas, saídas, som e controle de vídeo, não são pré-programadas numa ROM como outras plataformas (como o Odyssey2, também muito popular no Brasil na época do auge do Atari 2600) e têm de ser programadas muitas vezes “do zero”.
O console e seus velhos e novos jogos são muito populares entre colecionadores por causa de seu importante impacto na história dos vídeo games e eletrônicos e também por seu valor nostálgico em muitas pessoas. Por isso, muitos clones modernos do Atari 2600 ainda estão no mercado. Um exemplo é o Atari Classics 10-in-1 TV Game produzido pela Jakks Pacific, que simula o console 2600 e inclui versões convertidas de 10 jogos em um joystick parecido com o joystick do Atari que tem os cabos para ligar em televisores modernos.
Cartuchos especiais modernos, como o Krocodile Cart e o Harmony, permitem que se arquivem várias ROMS de jogos neles, de modo que possam ser selecionados através de um menu.
O símbolo da Atari se tornou um logotipo-ícone da cultura pop.

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Atari_2600
https://www.google.com.br/search?q=dactar+CARTUCHO&biw=1920&bih=901&tbm=isch&imgil=sEQfYxi_rzcZrM%253A%253B-4dBL_3_ycqPnM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fproduto.mercadolivre.com.br%25252FMLB-770357280-cartucho-4-em-1-dactar-atari-na-caixa-_JM&source=iu&pf=m&fir=sEQfYxi_rzcZrM%253A%252C-4dBL_3_ycqPnM%252C_&usg=__i2yfI2bg2HCNFFENLG0ODP3KFMs%3D&ved=0ahUKEwiYrIrBmdHPAhXFfpAKHTfpAIUQyjcINA&ei=jwr8V9ioGMX9wQS30oOoCA#imgrc=sEQfYxi_rzcZrM%3A
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