Informática

COMPUTADOR MICRODIGITAL TK 95

Empresa: Microdigital Eletrônica Ltda.
Ano: 1986

Microdigital
A Microdigital Eletrônica Ltda. foi uma empresa brasileira de microinformática na década de 1980, com sede em São Paulo.
Histórico
Fundada em 1981 pelos irmãos George e Tomas Kovari (de onde veio o TK da linha de computadores domésticos lançada pela empresa), seu primeiro produto foi o TK80, um clone do Sinclair ZX80 inglês.
A empresa atingiu seu ápice por volta de 1985, com o lançamento do TK-90X (clone do ZX Spectrum) e do TK-2000 II, um semi-compatível com o Apple II+. Nesta época, ela contava com cerca de 400 funcionários, três plantas industriais (duas em São Paulo e uma na Zona Franca de Manaus) e mais de 700 revendedores no Brasil.
Em 1983 a Sinclair, fabricante do ZX80 e ZX81 da qual tanto o hardware como o firmware (software básico) armazenado em ROM/EPROM foram copiados pela Microdigital, entrou com uma ação na justiça brasileira por violação de direitos autorais do firmware. Nessa época, anterior à Política Nacional de Informática de 1984, a Justiça brasileira, entendeu que um programa gravado em ROM, que não permite que seu conteúdo seja alterável e que se caracteriza de um conversor de código, também poderia ser entendido como componente fixo do hardware e, portanto, não estaria sujeito a proteção do direito do autor, mas ao Código de Propriedade Industrial[1]. A Sinclair perdeu a ação na Justiça brasileira e optou por não mover ação por propriedade industrial.

Características do produto
O TK95 foi o segundo e último clone (versão) brasileira do computador doméstico ZX Spectrum da empresa britânica Sinclair Research, fabricado no Brasil pela Microdigital Eletrônica a partir de meados de 1986. Utilizava o microprocessador Z-80A de 8 bits, em 3,58 MHz.
A principal alteração do TK95 em relação ao modelo anterior TK90X estava em seu gabinete remodelado (na realidade uma cópia gritante do ‘Commodore Plus/4’), com um teclado “semi profissional” mais adequado para digitação do que o anterior, do tipo “chiclete”. Foi feita uma pequena alteração na placa (que é exatamente a mesma placa e circuito do TK90X) que permitiu que alguns problemas de compatibilidade fossem resolvidos (a simples desconexão do diodo ‘D1’) [a única alteração da ROM foi a troca da tela de entrada de TK90X para TK. Então ele ficou conhecido como uma versão melhorada do TK90X, pois ele teve uma compatibilidade aumentada de 90 a 95% para 98% desta maneira permitindo que mais jogos originais do ZX Spectrum executassem no equipamento. Porém, esta melhoria foi atribuída a uma ROM mais compatível.
Especificações
• Memória:
• ROM: 16 KiB
• RAM: 48 KiB
• Teclado: “semi-profissional” com 57 teclas, auto-repetição
• Display:
• 24 X 32 texto
• 256 x 192 pixels (gráfico)
• Expansão:
• 1 slot (na traseira)
• Portas:
• 1 saída para TV (modulador RF, canal 3)
• Interface de cassete
• 1 soquete de 9 pinos para joystick padrão Atari 2600
• Armazenamento:
• Gravador de cassete (a 1200 bauds)

Compatibilidade
Por conta da modificação da ROM original do ZX Spectrum, computador doméstico que serviu de base para os TK90X/TK 95, alguns jogos e aplicativos produzidos para o original não executavam nos clones brasileiros. Todavia, o grau de compatibilidade do TK 95 era maior do que o da versão anterior.
Vendas
TK 95 entrou no mercado na mesma época em que os micros MSX começavam sua fase de expansão. Numa relação custo-benefício, os MSX levavam a melhor (principalmente devido a sua interface de disco padrão DOS igual ao do PC) e as vendas do TK 95 nunca chegaram a se tornar expressivas. E também devido a chegada muito tardia da intefarce de disco (padrão ‘Beta disc 48’) para ele no mercado brasileiro a fim de competir de igual para igual com o MSX.
Periféricos
Foram produzidos pela Microdigital apenas um ‘Joystick’ e uma interface de caneta óptica (‘light Pen’).

https://pt.wikipedia.org/wiki/TK_95
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microdigital_Eletr%C3%B4nica

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